sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

8ºDia – Início do terrorismo corporal

Hoje é o dia que começarei a academia. Eu sou sedentária mesmo, amo doce, mas se tiver uma escada entre eu e ele, acho que eu fico sem comer. Odeio andar, acho que isso é coisa de louco, sei dos benefícios para a saúde, logo, a louca sou eu.
                
Tomei chá preto e torradas com cottage. Então, quando deu tempo, fui até a penitência, vulgo, academia. Eu estava animada, li num livro que Jump faz perder celulite, e eu preciso mesmo exorcizar esse demônio, esse encosto que me acompanha desde a adolescência.
               
Fui andando para a academia, prefiro pensar que fiz isso de boa vontade, mas o carro estava quebrado, afinal, tentar se enganar é de graça. No início estava tudo bem, exceto na hora que senti o cheiro de batata frita na frente de um bar. Pensei: “O inimigo não desiste, devo perseverar!”
                
Continuei a caminhada e vi a terrível e impiedosa subida que me esperava. Que terror! Parecia que meu coração ia saltar de dentro da minha boca. Onde está o oxigênio quando eu preciso dele? Suor, dor, cansaço, falta de ar, vontade de deitar no chão e morrer. Tudo isso passou pela minha cabeça, mas cheguei ao topo do everest dos sedentários. (Sou dramática mesmo)
                
Começou a aula de Jump, e eu achando que a subida tinha sido cruel. O que complica é o medo de cair daquela mini cama elástica e pagar mico, afinal, sou estabanada. A professora não parava de pular em cima daquela coisa, e eu já estava morrendo na terceira música, daí ela grita: “FORÇAAAAA TAÍS!!!”, isso é algo que se grita para alguém que está no banheiro fazendo cocô, mas eu sabia o que ela queria dizer.
                
Eu estava a beira de ter um colapso. Senti dores no peito e minha pressão caiu, isso fez eu diminuir o ritmo mais ainda. Percebi que sedentarismo é uma coisa do inferno. No final ela gritou: “Arrebenta agora, pula bem rápido”. Já que ia acabar mesmo, pulei igual uma macaca insandecida pensando “Saia deste corpo que não te pertence sua celulite maldita do cão!”.
                
Quando eu achei que o terror tinha acabado a professora falou: “Agora é a abdominal”. Pensei: “Santo Deus, tem mais? Já não basta o que ela acabou de me fazer passar?”
                
Deitei no chão e o lance começou. Estava até fácil no início, mas de repente começou a doer, uma dor inexplicável... Tantas posições  doloridas que aquilo parecia uma versão abdominal do kama sutra do inferno. E eu não podia parar, a professora estava olhando e gritando: “FORÇAAAAA TAÍS!!!”, me senti a Recruta Benjamin no exército (filme relativamento antigo, vale a pena!).
                
Por um momento juro que ouvi meu abdomem me chamar de Filha da Pu**. Quando acabou a sessão tortura precisei sair correndo daquele templo satânico. Fui embora a pé, para completar a tortura. E amanhã tem mais, afinal, meu plano é de 6 meses.
                
Cheguei em casa e fui me recuperar jogando Alice no país das maravilhas no Wii, adorei o jogo! De repente meu tio chega com pão quentinho, salame, mortadela e queijo prato. Nunca senti tanta vontade de mandá-lo a mer**.
                
Salame é sacanagem! Resisti, peguei menos de metade do pão francês e comi com cottage.
                
Meu dia acabou bem, percebi que toda a calamidade que estou passando não foi em vão, perdi 2,6 Kg. De 64.7 fui para 62.1 Me senti vingada. Afinal, vingança é um prato que se come frio, igual salada.

                                                                              Putz!

Um comentário:

  1. Não vi o restante dos dias, mas parabéns. Acabou o 8º dia. O bom é que vc perdeu uns kilos mas não o humor. Mais uma vez, parabéns.

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